Um turbilhão de sentimentos invadem meu corpo, insegurança, prazer, curiosidade... Devo confessar que não sei bem o que fazer.
hesito, mas quero o êxito e por isto sigo em frente quase sem consciência dos meus atos, sigo o caminho às cegas, vou indo; como se fosse o caminho que passasse por meus pés. Neste momento sinto como quem sonha, sem controle dos acontecimentos que se desenrolam.
Todas as minhas ações são regidas por instintos ancestrais, o que me lança para longe de qualquer previsionabilidade que o racionalismo enseja fazendo com que nenhum vislumbramento do que possa vir a ser se emoldure em minha imaginação.
Apesar de ser um momento em que todos os atos estão relacionados ao compartilhamento, a doação, sinto-me absurdamente só, como um insulado; parece que até meus pensamentos tendem a me abandonar. As horas não passam, olho o relógio e o relógio marca a mesma hora de uma hora atrás.
Temo o próximo passo, mas prossigo, minhas mão tremulas seguem tateando no breu; meu corpo se comporta autonomamente como se tudo o que faço fosse regido por uma vontade alheia, mas meu cerebro nem cogita bloquer qualquer atitude.
Todo o temor, toda a insegurança gerados pela ignorância do devir suprimem-se diante do enlevo da descoberta; cada nova sensação multiplica a capacidades dos sentidos fazendo com que apreendam as sensações de forma absoluta, como provar algo com o corpo todo.
Totalmente entregue a esta experiência, no abandodo que está embutido na forma como cada um sente o que se sente, posso afirmar, amigos, na altura de quarenta e dois anos de vida, que é muito bom compartilhar com as pessoas que puderem ler "Palavra Escrita" todos os sentimentos envolvidos nesta experiência recente (aos 42 anos), na minha primeira vez, na vez que nunca será esquecida, na primeira vez que eu escrevi num blog.
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