domingo, 13 de fevereiro de 2011

Os Assassinos do Português

OS ASSASSINOS DO PORTUGUÊS



Ao narrar os assassinatos nas páginas seguintes não pretendo fazer qualquer tipo de apologia ao crime, muito menos, não é intenção aproveitar-me de forma sensacionalista de fatos tão chocantes e hediondos; o principal motivo de entrar em um assunto tão pesado, tão torpe é mostrar o lado mais obscuro da criatividade humana que é capaz de produzir atrocidades inimagináveis da forma mais fria e inconsistente.
Tratar sobre violência é muito difícil, mas é um assunto do qual não se pode fugir em uma grande cidade como a Cidade do Rio de Janeiro. Os fatos que serão narrados aconteceram nas ruas desta nossa bela cidade; seus autores serão mantidos em anonimato, não apenas para preserva-lhes a integridade, mas, principalmente para preservar a minha própria integridade, já que estas pessoas pelo que cometeram anteriormente são capazes de qualquer coisa.
Por outro lado, não se pode julgar estes assassinos de forma precipitada; as friezas, as ignomínias da forma de pensar destas pessoas por mais distantes que possam parecer, são, de fato, características intrínsecas à condição humana de animal social; seus atos têm origem no desenvolvimento da vida em sociedade. Por isto, devemos sempre vigiar, já que, mesmo que achemos que nunca faremos coisa similar, por ser um ato estritamente humano, a nós também é capaz.
Passemos aos fatos.




ATENÇÃO: pessoas sensíveis, menores de dezoito anos, pessoas que tenham problemas de saúde e outros, não é recomendada a leitura destes tópicos; estas pessoas devem evitar as próximas páginas e “pular” para o texto seguinte, já que se trata de uma leitura “pesada”, não-fictícia, e com alto grau de perversidade humana.










ASSIM DISSERAM OS ASSASSINOS:



@- Uma menina de uns quinze anos de idade foi agredida por uma mulher ensandecida, a menina e sua mãe foram à delegacia comunicar a agressão, lhes foi informado que haveria exame de corpo de delito. No caminho a menina, apreensiva indagou à mãe:
- Quem é ele mãe?
- Ele quem, menina?
- O tal do Benito que vão fazer exame no corpo dele?
(a menina foi perdoada, claro).


@- Um grupo de pessoas estava em um carro meio velho para subir uma ladeira.
Rapaz pro motorista – Vai que dá!
Uma das moças – Não sei não, essa ladeira é muito “ìngredi”
(não é preciso dizer que ela queria dizer íngreme).


@- Conversa entre duas mulheres:
- Meu sobrinho é que tá bem, comprou casa, carro...
- Ele trabalha em quê?
- Ele é..., aqueles caras da Petrobrás... Homem... “Cumé”, aqueles que mergulham... Home-Aranha; ele é homem-aranha da Petrobrás...
(imagina o sobrinho dela soltando teia nas plataformas de petróleo. Ele só não se daria bem embaixo d’água, lugar dos homens-rã).


@- Mulher com total indignação com a morte da Princesa Diana.
- Ela só morreu porque foi perseguida pelos “papa-léguas” (bip-bip – seria paparazzos?).
Ainda exaltada, concluiu:
- Mas também, ela foi muito burra, deixar um Príncipe pra ficar com um alfaiate...
(ela estava se referindo ao então namorado da Princesa Di, Dodi Al Fayed).


@- Rapaz cujo pai morrera recentemente desabafando com um amigo:
- Eu até que gostava desse Chico Buarque, mas agora, nem quero ouvir nada...
- Mas, por quê?
- Pô, como uma pessoa pode fazer uma música destratando o próprio pai...
- Ué, que música é essa?
- Aquela... “Pai, afaste de mim e se cale-se”...
(a música do Chico e de Gilberto Gil é “Cálice” e a parte da música é baseada numa célebre frase de Jesus Cristo no calvário: “Pai, afasta de mim esse cálice”).


@- Pircing:
- Se minha mãe deixar, vou colocar um pircing no meu “BIGO”.
- Qua-Qua-Qua... Cê burra garota, não é bigo, é “IBIGO”...


RÁPIDAS

@ - Isto é só porque ele tem poder ASIQUITIVO (aquisitivo).

@- A faca:
- Isso é muito afiado, corta mais do que manteiga... (?).

@- Opinião política:
- É melhor pra eles deixar INCLARO (seria o antônimo de claro esta palavra obscura?).
E prosseguindo acaloradamente:
- Que nada, eles não vão deixar isso ILÍCITO (ele queria dizer explícito).

@- Conversa de pescador:
- Foi mesmo, cara; eu táva na lagoa e pesquei um TUPI deste tamanho... A casca do TUPI era maior do que a da lagosta.
NOTA: PITU – Crustáceo palemonídio, parece um camarão imenso.
- TUPI – Tribo indígena.

@- Crítico de cinema:
- O “Exorcista” foi o primeiro filme de DRAMAGURGIA de terror (dramaturgia).

@- Safra ruim:
- Este vinho está muito RASGANTE (rascante).


@- Problema de saúde:
- Eu tenho que ir ao ORNITORRINO...
NOTA: Otorrino – Médico especialista que trata de garganta, ouvido e nariz.
Ornitorrinco – Espécie de mamífero que põe ovos.
ORNITORRINO – Seria uma mistura bizarra, seria um médico com bico de pato e que põe ovos.

@- Adubo:
- Guarda estas cascas de frutas, elas servem como ESTERCO...

@- Ameaça:
- Cuidado, não mexe comigo, minha língua é felina (ferina).

@- Ditado:
- A língua tem perna curta...

@- Reivindicação trabalhista:
- Quando a gente entra no emprego, eles prometem tudo; agora além de atrasar o pagamento, não dão nem a BOLSA de VALORES (cesta básica).

@- Moça querendo ser mãe:
- Mas a senhora só fala assim porque já teve sua vez de dar..., vamos dizer assim, seus MAMÍFEROS pra uma criança, né... (mamilos).




NOTA FINAL: Todas as “pérolas” aqui descritas têm origem popular, havendo alguma reprodução de fala de algum programa humorístico, peço desculpas de antemão, já que algumas frases foram descritas em colaboração ao texto.